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Entrevista com Anthony e Flea para a “Interview Magazine”

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Anthony Kiedis e Flea conversaram com a Interview Magazine enquanto estavam em Tóquio, Japão, para o Summer Sonic Festival em agosto de 2011. Essa entrevista foi publicada no dia 14 de outubro.

Falando sobre turbulência, longevidade e meias com os prefeitos de Pepperland, onde as pessoas crescem, mas nunca ficam velhas. Por Dimitri Ehrlich.

Muitas luas, presidentes e penteados vieram e foram embora desde que Anthony Kiedis e Michael “Flea” Balzary se conheceram nos corredores da Fairfax High School em Los Angeles, e do nascimento do Red Hot Chili Peppers. Ao longo do caminho, a dupla descobriu novas misturas de punk e funk, superaram as saídas (e em alguns casos, a chegada) de vários membros, sobreviveram às suas próprias batalhas contra o vício, assim também como a morte do guitarrista original Hillel Slovak, e elaboraram um trabalho singularmente inteligente, engraçado, trágico, aventureiro, estranho, espiritual e libertador no rock moderno.

A música dos Chili Peppers sempre foi extraordinariamente despretenciosa, como se tivessem sido escritas por adolescentes em uma garagem, sem se importar com o fato de que ninguém poderia estar ouvindo – apesar de que as pessoas têm ouvido, e em grandes números, por quase três décadas já. Mas além de todo esse drama e trauma, e mudanças na formação, é a relação de Kiedis e Flea que permanece no núcleo do que o Chili Peppers faz. É uma irmandade que mudou e evoluiu ao longo dos anos. Mas é também um vínculo que prosperou onde muitas outras parcerias na história do rock não conseguiram, como John Lennon e Paul McCartney, Roger Daltrey e Pete Townshend, Robert Plant e Jimmy Page, Steven Tyler e Joe Perry, e até mesmo Mick Jagger e Keith Richards – e permitiu que os Chili Peppers continuassem a fazer música que está viva, com os mesmos tipos de possibilidades que pareciam existir quando eles eram jovens funk-punks, e a noção de que eles poderiam um dia inventar um novo jeito de usar meias.

Conversamos com Kiedis e Flea, ambos com 48 anos de idade, em Tóquio, onde eles estavam se preparando para fazer um show com o novo guitarrista, Josh Klinghoffer, com a turnê do álbum “I’m With You”, que foi lançado em agosto. O álbum marca o começo de um novo capítulo dos Chili Peppers – o primeiro em mais de uma década sem conter o guitarrista de outro mundo John Frusciante, que deixou a banda pela segunda vez em 2008. (Sua primeira saída foi em 1992, curiosamente, no Japão). Flea fala primeiro…

O nome do álbum é “I’m With You”. Quem está com quem?

Flea: Bem, todo mundo que sabe isso está com alguém, que está com alguém.

Okay…

Flea: Todo mundo. E eles estão sozinhos.

Esse é seu primeiro álbum com Josh Klinghoffer. Como isso afetou a química para você?

Flea: Bem, ter uma personalidade completamente diferente muda tudo. A época com John foi linda, mas tomou seu rumo por uma variedade de razões. E Josh é um cara artístico e legal, com muita integridade. Então, está sendo lindo também.

Há pouco tempo você começou a ter aulas de teoria musical na Universidade da Califórnia. O que você aprendeu?

Flea: Ajudou muito em juntar as músicas. Acho que não existem regras, de um jeito ou de outro, mas eu acho que é legal saber a teoria. É incrível, mágico. Quando você faz música, você forma vibrações invisíveis no ar em diferentes formas, consistências e velocidades, a fim de criar música e entender como que a soma daquilo funciona pode te dar mais ferramentas para trabalhar, e permite que você consiga o que quer mais rapidamente. Dito isso, existem zilhões de incríveis compositores que não sabem nada disso. Mas eu adorei, e adoraria aprender mais. Sinto que apenas comecei.

Você aparece no documentário “The Other F Word”, que fala sobre como vários rockeiros lidam com a paternidade, indo de rebeldes para autoridades domésticas. Por que você decidiu participar desse filme?

Flea: É engraçado você mencionar isso. Eu fiz porque os diretores pareciam pessoas legais, com o coração no lugar certo. Eu disse a eles que não queria minha filha mais nova nele, porque ela não tem idade suficiente para tomar uma decisão sobre algo desse tipo, mas minha filha mais velha quis fazer, então fizemos. Eu não concordo com todo o conceito do filme, para dizer a verdade. Acho que é um filme poderoso, e tem partes muito boas. Há também pessoas cujos pontos de vista eu discordo drasticamente, em termos de ser um pai. Mas toda a ideia da transição de rebeldes para figura autoritária é besteira. Se você tem um estilo de vida rebelde, então você se rebela contra coisas que vão contra seus ideais e sua integridade. Não vejo como isso pode mudar quando você tem um filho. Você ensina a eles sobre suas crenças, diz o que acha certo e as conclusões que teve durante a vida, e aí eles podem tomar suas próprias decisões. Mas não gosto do conceito de que ser uma figura autoritária é diferente do que ser um rebelde. Só não vejo desse jeito.

Você acha que é um pai diferente do que o seu pai foi para você?

Flea: Eu tive um pai e um padrasto. Meu pai me deixou quando eu era bem novo, quando eu tinha 7 anos ele foi embora. Não o vi pelo resto da minha infância. Aí tive um padrasto que esteve comigo dos 8 anos, até quando saí de casa quando era adolescente. E não sou nada parecido com eles, na minha função de pai.

Eu sei que seu padrasto te introduziu no jazz e teve muita influência na sua vida musical.

Flea: Sim, muito. Ele era um músico brilhante. Nós não tocamos muito juntos, e ele nem me ensinou muitas coisas, mas só de o ver tocando… Quando eu era criança, eu o vi tocando bebop (representa uma das correntes mais influentes do Jazz. Seu nome provém da onomatopeia feita ao imitar o som das centenas de martelos que batiam no metal na construção das ferrovias americanas, gerando uma “melodia” cheia de pequenas notas) com vários outros caras, fazendo uma jam na nossa sala de estar. Isso me devastou de um jeito bom, virou meu mundo de cabeça para baixo em ver o que as pessoas podiam fazer com seus instrumentos.

E ele também era alcoólatra, e uma das maneiras que você lidou com isso foi fumando maconha.

Flea: Sim, meu padrasto tem uma história de abuso de drogas e álcool. E quando criança era difícil, porque era um lar bem confuso por várias razões, e uma delas era o abuso de substâncias. Tipo, era pra ficar louco [risos]. As pessoas se drogam por vários motivos. Fazem isso porque é divertido e aventureiro. Fazem para dividir a experiência com outras pessoas. Então, acho que todas essas razões entram em jogo. Não posso dizer o tanto que fiz para escapar da desarmonia em minha casa. Da mesma forma quando decidi parar de me drogar, eram muitas razões.

Quando você conheceu Anthony na escola, vocês tiveram um confronto. Você lembra o motivo dessa briga?

Flea: Lembro. Tinha esse meu amigo chamado Tony Sherr, e eu estava dando uma chave de braço nele, e. …Como se chama quando você esfrega seus dedos na cabeça de alguém?

Um cascudo?

Flea: Cascudo, isso. Eu tava dando um cascudo nesse cara, e Anthony chegou pra mim e disse: “Larga ele”. Anthony tinha acabado de se mudar para L.A., e Tony Sherr era seu único amigo, então ele me viu dando um cascudo no seu único amigo e me disse para deixá-lo em paz. Anthony parecia bem assustador naquela época, então fiz o que ele pediu. Mas esse confronto não foi nada demais. Em poucos dias nos tornamos melhores amigos, e somos até hoje.

Ele ainda é o seu melhor amigo?

Flea: Eu acho que provavelmente sim. Sabe, é engraçado, tem muito trabalho na nossa relação – todo o trabalho que fazemos com a banda – e nos conhecemos tão bem, mas também há momentos em que somos hostis um com o outro. Então acho que o que temos atualmente é mais uma relação de irmãos, mas definitivamente somos melhores amigos e nos amamos muito.

Você participou de vários álbuns de artistas fora do Chili Peppers, mas você nunca lançou um álbum solo. Eu sei que existem alguns planos agora de fazer um álbum instrumental, que você anda gravando na sua casa com convidados como Patti Smith e algumas crianças do Silverlake Conservatory of Music, que é a escola de música em Los Angeles que você ajudou a fundar. Por que demorou tanto para você fazer um álbum solo?

Flea: Principalmente porque eu não sou realmente um cantor, então a ideia de fazer músicas cantando, e eu já tentei algumas vezes, nunca funcionou. Mas durante a nossa última pausa, eu gravei várias músicas instrumentais, e Patti cantou em algumas delas, assim como as crianças da minha escola. Eu irei lançá-las, mas no momento não quero confundir as coisas com o álbum do Chili Peppers. Pode ser lançado no ano que vem.

Em novembro de 2007, a sua casa em Malibu foi destruída por um incêndio. Você não estava morando lá na época, mas você perdeu algo de valor pessoal ou emocional?

Flea: Eu perdi. Eu perdi um piano que gostava muito. Felizmente, quase todas as minhas coisas não estavam lá, porque eu já tinha me mudado, mas perder coisas como minha arte ou meus instrumentos teria sido devastador. Eu digo isso com todo respeito ao meu amigo Butch Walker, que estava morando lá, e que também é músico e perdeu tudo – todas as fitas que ele gravou,  todos seus violões, tudo. Mas descobri que minha casa estava pegando fogo pela manhã, enquanto tudo estava queimando, e eu estava morando há apenas alguns quilômetros dali. Então eu fui para lá, porque queria ver como estava minha casa. Saí correndo pela rua e vi minha vizinha e ela disse: “Oh, não se preocupe. Nosso quarteirão está seguro. É o quarteirão abaixo que está em chamas”. E eu disse: “Oh, graças a Deus”. Mas continuei correndo pela rua, porque minha casa é bem no final, e quando cheguei lá tudo estava envolvido em chamas. Era um fogo violento. Então eu sentei e fiquei olhando a casa queimar, e tenho que te dizer – com todo respeito ao Butch e a todas as pessoas que perderam tudo – foi uma coisa linda de se ver. Vivi naquela casa por 7 anos, e eu pude ver todas as memórias, tudo que eu sabia daquele lugar, tomando forma e depois desaparecendo no céu. Foi como quando dizem que você vê sua vida como um flash diante de seus olhos quando você morre. Era minha vida naquela casa, se dissolvendo. Foi purificador. Parecia que o fogo era tão poderoso. Quem sou eu para discutir com esse poder?

Em várias ocasiões você tocou pelado. E se esfriasse?

Flea: Espere, você pode esperar um pouco? Tenho que ir ao banheiro.

[Flea vai ao banheiro e retorna alguns minutos depois]

Flea: E se esfriasse enquanto eu estava pelado?

Sim.

Flea: Pra minha sorte, a potência do meu pau e das minhas bolas resiste a todas as temperaturas e situações

[Alguns dias depois Anthony Kiedis liga de Tóquio]

Perguntei isso ao Flea, o título do novo álbum é “I’m With You”. Quem está com quem?

Anthony: No momento, você está comigo. Mas não tem definição, e tudo envolve “I’m With You” – no sentido espiritual, no sentido sexual, e no sentido da raça humana. Pode ser tudo ou nada.

Esse é seu primeiro álbum com Josh Klinghoffer. Como ele afetou a química da banda?

Anthony: Josh Klinghoffer… Que achado, que golpe de sorte. É uma grande mudança quando você tem 4 caras escrevendo música, e se você muda um deles, tudo vai mudar. Mas estávamos preparados para isso. O jeito que as coisas ocorreram com John querendo seguir em frente acabou sendo uma benção, fomos meio que forçados a repensar sobre nós mesmos.

O seu primeiro show em 1983 era com o nome de Tony Flow and The Miraculously Majestic Masters of Mayhem. Com umas 30 pessoas na plateia. Você lembra o que usou naquele show?

Anthony: Se minha memória não falha, eu usei uma jaqueta vermelha escura que chegava abaixo dos meus joelhos, e possivelmente um boné de caça laranja fluorescente virado pra trás.

Qual tamanho de meia você usa?

Anthony: Que tamanho de meia? Que referência! Ou isso é uma dedução?

Você tem que usar uma fita adesiva na meia se ficar frio?

Anthony: Não. Tem duas coisas sobre a meia. Primeiro, a meia tem que sair do seu pé, não existe isso de usar meias limpas. Tem que sair do seu pé e ir para o seu pau. E a outra coisa é que as bolas que seguram ela. Se você só colocar no seu pau, você não terá sucesso. A meia tem que envolver o pacote todo.

Então tudo depende do elástico no topo… No final dos anos 80, antes de Chad Smith entrar na banda, ele foi informado que teria que raspar a cabeça, mas ele se recusou. Qual a importância do cabelo para o Chili Peppers?

Anthony: Não era sobre qual tipo de cabelo você tinha que ter – era mais qual cabelo você não poderia ter. E ele tinha um que não poderia naquela época.

Tipo… um mullet?

Anthony: Não, era mais como os cabelos do início da década de 80. Mais do que tudo, foi um teste para conferir o seu nível de comprometimento. Era: “essa cara tem um cabelo ridículo. Se ele quiser realmente ser nosso baterista, então ele mostrará seu comprometimento raspando a cabeça”. Não estávamos tentando controlar seu estilo, só queríamos ver se ele tinha paixão por nós. O fato de ele dizer: “Não, vai se fuder. Não vou raspar”, na verdade falou mais forte sobre sua personalidade – tipo, ele é um cara que não vai se curvar e fazer o que falamos. E ele tem sido assim desde então. Chad é o seu próprio homem

No meados dos anos 90, vocês abriram shows para os Rolling Stones, o que muitas pessoas considerariam a realização de um sonho. Mas você disse que foi terrível. Por quê?

Anthony: [risos] Bem, não posso culpar totalmente os Stones – que, aliás, desde então eu passei a amar. A música deles dos anos 60 e 70…

Sim, Beggars Banquet, Let It Bleed, Sticky Fingers, Exile on Main St., Goats Head Soup, It’s Only Rock ’n’ Roll, Black and Blue, up to Some Girls, são oito ótimos discos em sequência.

Anthony: Sim, Up To Some Girls. Mas não cresci ouvindo Rolling Stones, e mesmo na época que abrimos os shows deles eu não era familiar com suas músicas. Nos últimos 5 anos, eu adorei conhecer a história deles e ver como eles foram significantes para o mundo, e ainda são de um modo bizarro. Mas abrir para eles não é um bom trabalho. O show é sobre eles, e é armado para eles. Tivemos problemas com o som e a iluminação, e fomos resignados a ficar em uma parte bem pequena do palco, – tipo, “ok, vocês não podem ir para a esquerda ou direita aqui, e não pisem no chão de madeira importada do Mick”. Então você toca quando as pessoas estão entrando, passando propagandas, e eles não prestam atenção. Você coloca seu coração nesse show, e as pessoas estão a espera de ouvir “Jumpin Jack Flash”. Então, não é culpa dos Rolling Stones, só não é um grande show, não foi um bom show para nós porque acreditamos no que estávamos fazendo, e a plateia não estava lá por nós.

Você disse que não aceitaria as músicas do Red Hot Chili Peppers em programas como Glee e American Idol. Por quê?

Anthony: Recusamos muitos pedidos durante os anos. Você meio que tem que seguir seu instinto. Essas músicas são muito próximas e queridas em nossos corações, e nem sempre queremos que sejam usadas para servir os propósitos de outras pessoas – especialmente se for algo que você não entende ou que não seja íntimo, como um programa de televisão. Muitas grandes empresas pedem para usar nossas músicas em propagandas, e se não acreditamos no que eles estão vendendo, simplesmente dizemos não, independente das perdas monetárias. Eu nunca assisti a esses programas que você mencionou, mas não acho que eles ressoam com nós ou nossa música, então vamos continuar sem eles.

Em seu livro Scar Tissue, você menciona um fato que com a benção de seu pai, você perdeu a virgindade pouco antes de seu aniversário de 12 anos, com a namorada de 18 anos dele. Em retrospecto, qual você acha que foi o impacto disso na sua vida?

Anthony: Humm, simplesmente aconteceu. Bom, mal, ou indiferente, eu tive que lidar com essa situação. No início dos anos 70, ainda rolava o movimento do amor livre na cidade que eu estava. Acho que meu pai pensou que era uma coisa generosa a se fazer, dividir sua namorada com seu filho. Porque ele cresceu numa época que a sexualidade era tão reprimida, que acho que extrapolou um pouco. Eu não faria isso com meu filho. Deixaria ele encontrar suas próprias experiências sexuais na vida. Mas acho que meu pai estava fazendo o melhor que podia. Em retrospecto, parece que um menino de 12 anos não está emocionalmente pronto para uma experiência como essa. Mas tive muitas experiências que provavelmente não estava pronto, e a soma delas me levou onde estou hoje, então não me arrependo. Mas não repetiria com meu filho.

Seu pai era ator e fez parte da cena rock dos anos 70. Quando você era criança, teve contato com diferentes estrelas do rock, como Keith Moon e Alice Cooper, e os membros do Led Zeppelin.

Anthony: Nunca pensei no conceito de ser uma estrela do rock, estar ao redor de pessoas assim era normal. Eu cresci com elas. Acho que o conceito de estrelatos do rock se transformou em algo superficial e sem sentido. Não acredito no conceito de “oh, você é um rock star, então pode viver excessivamente”, ou algo assim. Não existe uma autêntica estrela do rock desde o final dos anos 70.

Conte-me sobre o documentário Bob and The Monster, sobre o músico – e agora conselheiro sobre drogas- Bob Forrest. Você, e seu filho Everly Bear aparecem no filme, certo?

Anthony: Sim, ainda não vi o filme pronto, mas Bob é um amigo maravilhoso. A verdade é que não sou fã de seu programa de televisão, mas sou um grande fã dele como ser humano, como músico e como amigo. Então é daí que meu envolvimento vem. Ele é um cara que eu e Flea conhecemos em 1983, quando nós dois éramos sem-teto porque decidimos comprar jaquetas de couro em vez de pagar nosso aluguel. Gastamos os últimos 300 dólares que tínhamos, e estávamos andando pela Hollywood Boulevard carregando sacos marrons com nossos pertences, e fomos até Forrest, que tínhamos ouvido falar que era DJ numa casa de punk rock chamada Cathay de Grande. Dissemos à ele que estávamos sem casa, e ele disse: “minha esposa me deixou essa manhã. Por que vocês não vão morar no meu apartamento?”. A casa dele era 2 quarteirões dali onde estávamos, no Hollywood Boulevard, e aceitamos. Acabamos morando com ele, e nos tornamos amigos. Presenciamos o começo da banda dele, Thelonious Monster, e ele presenciou o da nossa. Ele é um cara que passou por uma guerra e sobreviveu para contar história, e acho que ele faz um trabalho incrível com pessoas que lutam com o vício.

Em uma das novas músicas, “Factory of Faith”, você canta: “I was really quite a jerk”. Quando você relembra dos seus dias de vício em drogas e álcool, você sente como se houvesse algo que você disse ou fez que não era da sua personalidade?

Anthony: Bem, nunca tive que estar intoxicado para ser um idiota. Essa música é mais sobre quem eu costumava ser, e quem eu gostaria de ser no futuro. É mais sobre ser egoísta e egocêntrico, e não se preocupar com os sentimentos dos outros. Estava apenas fazendo uma referência de que eu tinha sido um idiota, mas não necessariamente por causa de drogas e álcool.

Quem é o seu melhor amigo no mundo?

Anthony: Tenho que dizer que é a pessoa que eu sou mais apaixonado, meu filho, Everly Bear. Embora eu seja seu pai, eu também sou seu amigo. E tenho alguns amigos que fariam tudo por mim, não importa o que aconteça. Flea é um deles, definitivamente. Guy Oseary também. Wow… é uma pergunta difícil. Percebi ao longo dos anos que tenho bons amigos.

Créditos: Interview Magazine 
Tradução: Amanda Olivieri

 

 

 

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