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O renascimento radical do Red Hot Chili Peppers

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Um novo artigo publicado pela revista Rolling Stone americana foi divulgado através do site oficial da banda. Lembrando que é um artigo diferente do que postamos dias atrás.

A matéria é excelente. Nela os Peppers explicam sobre a origem de algumas das novas canções, falam sobre a escolha de Josh Klinghoffer e revelam que Flea pensou em não voltar para a banda após o hiato.
Preparamos a tradução da matéria, e vocês podem conferir abaixo.

O renascimento radical do Red Hot Chili Peppers

Com um novo guitarrista e um novo álbum a caminho, os “Chili’s” estão de volta à ação.

JOSH KLINGHOFFER, o novo guitarrista do Red Hot Chili Peppers, pode te dizer o dia exato em que começou a escrever músicas com a banda: 12 de outubro de 2009. Seu antecessor, John Frusciante, já havia saído, embora ele não tenha anunciado oficialmente até dezembro. Klinghoffer já havia trabalhado com os Chili Peppers, como membro de apoio no última turnê. Mas naquele dia, em Los Angeles, ele estava tocando com o vocalista Anthony Kiedis, o baixista Flea e o baterista Chad Smith pela primeira vez como um membro oficial.

Klinghoffer, Flea e Smith estavam “apenas fazendo uma jam”, o guitarrista lembra, “quando Anthony chegou e disse: “Nós perdemos um grande homem hoje”. Brendan Mullen, que dirigia um club histórico de punk em L.A. chamado The Masque, e era um amigo íntimo dos Chili Peppers, havia morrido por causa de um derrame. “Foi um jeito estranho de começar”, Klinghoffer, 31 anos, diz. “Um começo e um fim. De algum jeito, aquela musica saiu disso”.
Ele está se referindo a “Brendan’s Death Song“, uma homenagem dinâmica para Mullen – parte acústico depressivo, parte hard-rock, que está no novo álbum deles, “I’m With You”.
“Anthony começou cantando, e nós começamos a tocar”. Flea lembra, ainda encantado.
“Foi a primeira música do álbum”.
O quarteto escreveu uma parte de outra música naquele dia, um funk obscuro com riffs raivosos, intitulado “Annie Wants a Baby“. Que também estará no álbum, que foi produzido por Rick Rubin e que vai ser lançado no dia 30 de agosto, pela Warner Bros.

“Agradeço a Deus pela mudança”, diz Kiedis, sentado na sala de estar de sua casa em Malibu. “Historicamente, era sempre assim. Toda vez que tudo parece estar às mil maravilhas, algo catastrófico acontece.”
O cantor vira e sorri para Klinghoffer, que está ao seu lado no sofá. “Agora eu sei que quando aquilo aconteceu, algo lindo iria sair disso”, diz Kiedis.
“Sempre procuramos crescer musicalmente, mas é como se o universo conspirasse para ser assim”, Flea afirma, todo alegre em sua casa em Malibu, que fica próxima a de Kiedis. “Josh não é um guitarrista virtuoso como John. Ele é um cara completo, que também toca bateria e piano. Não tem ninguém nesse mundo melhor para essa posição. E ele já estava tocando conosco”.

Os Chili Peppers tem uma vida de 28 anos de tumultos: tensões internas, problemas com drogas – incluindo a morte por overdose do guitarrista original Hillel Slovak em 1988; e uma extraordinária lista de guitarristas. A banda também migrou de uma bruta fusão de punk e hip hop, para uma máquina de fazer hits hard-pop, que já vendeu mais de 60 milhões de álbuns ao redor do mundo. “I’m With You” tem vários funk-rock com swing, a marca dos Chili Peppers. Uma das músicas, “Monarchy of Roses“, tinha o título de “Disco Sabbath”. É fácil entender o motivo.

Mas o álbum marca uma mudança do que o Flea descreve como “uma banda estilo Led Zeppelin, com grandes riffs e partes definidas”, para algo mais próximo do clássico Rolling Stones, com ênfase em “músicas, vibe e feeling”. “Even You Brutus?” é uma balada pesada com piano e com toques do Aerosmith das antigas.

I’m With You” também conta com a voz forte e melódica de Kiedis. Rubin, que produz os álbuns dos Chili Peppers por 2 décadas, diz que “enquanto fazíamos os vocais, eu ouvi uma música do Californication (1999) no rádio. Fiquei chocado em ver como Anthony está melhor agora. Desde o começo da banda, ele melhorou muito. Ele não cantava nos 4 primeiros álbuns, tudo que ele fazia era “rap”.

“Essa é uma nova banda”, diz Smith, sentado no chão da casa do Flea. “Nós temos o mesmo nome, mas é uma nova banda”.

Foi um renascimento difícil. Em 2007, depois de uma longa turnê do Stadium Arcadium (2006), Kiedis, Smith, Flea e Frusciante entraram em hiato.
Flea, que o nome real é Michael Balzary, resistiu por 2 anos. E ele não tinha certeza se ele iria voltar. “Era um pensamento que eu tinha”, ele confessa. “Eu só sabia que tinha que dar um tempo”.

Ele tocou com Patti Smith e fez turnê com Thom Yorke, do Radiohead. Flea também entrou na Universidade da Califórnia, onde teve aulas de teoria de música e composição. Sua lição de casa incluia análises de Bach.
“Isso torna mais fácil escrever músicas”, diz Flea. “Eu escrevi muitas no piano. Eu nunca tinha feito isso antes”.

Smith passou o tempo com seu filho, e tocou com o Chickenfoot. Kiedis passou por um término de relacionamento, e cuidou de seu filho Everly, agora com 3 anos.
Depois de um tempo, o cantor foi hospitalizado por 2 semanas depois que sua vesícula estourou “como uma granada”, que nem ele diz. (Ele surfou durante seu período de reabilitação).

Frusciante deixou a banda antes de eles terminarem o hiato, mas os outros membros não tentaram mudar sua decisão. “Ele não estava feliz”, disse Kiedis. “E parecia óbvio que Josh era a pessoa certa”.
Nascido em Los Angeles, Klinghoffer largou a escola quando tinha 15 anos para se dedicar à música. (Ele é um parente distante de Leon Klinghoffer, que foi assassinado por terroristas no Achille Lauro em 1985. “Ele era primo de 4º ou 5º grau do meu avô”, diz Josh).

Na última década, como um músico de apoio, Klinghoffer trabalhou com artistas como Beck e PJ Harvey, e também em seus projetos solos. Antes mesmo de viajar com os Chili Peppers, ele já aparecia em alguns álbuns solo de Frusciante.
“Ele não é o John”, diz Rubin, “mas Josh fala a língua do John melhor do que qualquer um, por causa dos anos em que tocaram juntos”.

“Não há dúvidas que esse é um recomeço”, diz Kiedis sobre “I’m With You“.
“Eu sei quando fazemos músicas medíocres e quando fazemos músicas boas. E mal posso esperar para tocar essas novas. Ensaiamos como uma banda ao vivo por 2 semanas. No primeiro dia, estava feliz por não ter um show naquele dia, não estava na hora. Mas lá pelo dia 10, eu estava: se tivéssemos um show hoje, iríamos arrebentar”

 
Créditos: David Fricke (Rolling Stone)
Tradução: Amanda Olivieri
Veja a matéria original clicando aqui. (Inglês).
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